"Ouve apenas superficialmente o que digo
e da falta de sentido nascerá um sentido
como de mim nasce inexplicavelmente vida alta e leve"
C. Lispector

domingo, 31 de julho de 2011

Criado-Mudo .. O Teatro Mágico

Eu acho que
Tenho certeza daquilo que eu quero agora
Daquilo que mando embora
Daquilo que me demora
Eu acho que
Tenho certeza daquilo que me conforma
Daquilo que quero entender
E não acomodar com o que incomoda
Não acomodar com o que incomoda mais
E quando eu vou
É quando eu acho que
Onde é que eu tô
É pouco e tanto faz
Seja o que for
Seja o que surge e some
Seja o que consome mais
Seja o que consome mas
Faz
E a historia que
Nem passou por nós
Direito ainda,
Pra onde é que foi?

sábado, 30 de julho de 2011

Mulheres ¬¬'

Sinto-me tão mal por ter de esperar mais e mais o alcance das minhas simples metas- o que hoje é quase impossível visualizar nos jovens. Esqueço-me que minha alma é velha..  Mesmo assim, me sinto tão comum! Bem, não posso ser: me pasmo com a insegurança alheia, ou ainda como as pessoas dizem 'eu te amo' como vírgula, tornando um ''te gosto pra caramba'' ser mil vezes mais sentimental.  Será que nenhuma garota, por mais infeliz que seja, por mais amor que sinta, não pode crer que existe SIM amizade entre sexos opostos? Aliás, hoje, o que mais existe são sexos opostos ao que conhecemos e podemos imaginar, graças a orientação sexual de cada um. Ter de passar por olhares sérios, muitas vezes fuzilantes, não me faz sentir muito bonita, muito inteligente, ou algo assim. Mas deveria, não? Afinal tem de haver motivo. Será que todas as mulheres têm essa tendência de não conseguir suportar calada o ciúme? Sempre consegui. De fato, nunca me senti uma mulher de verdade. Mas, sendo-a, o que dá vontade é justamente provocar, dar razão a ciúmes tolos; esse tipo de gente dá brecha demais pra que alguém atrapalhe. É tanta besteira...  Não vale a pena interferir nas relações alheias. Intrigante é que nenhuma delas se sente humilhada brigando por homens. Logo eles, que possuem certa tendência a poligamia. Se há problemas é por eles, pela insatisfação deles. Quando amam, apenas uma é suficiente. Assim como nós. Ah, mulheres do séc. XXI! Quem luta por nós são eles. Lembrem-se que somos animais, e como animais, nossos instintos avisam que sempre podemos ficar em posição superior. Entram hormônios em ação e pronto! Finda o problema, pois sempre haverá macho disputando território e fêmea; é uma necessidade deles, cresce o ego. Permitam-se apenas à vaidade de sermos desejadas. Homens não demonstram amor com palavras, mas com gestos. Muitas vezes vale mais um carinho e um olhar bobo do que forçar que se profira uma mentira. É apenas mais uma deliberação.

Charlie Brown Jr. - Pontes Indestrutíveis

Buscando um novo rumo
Que faça sentido
Nesse mundo louco
Com o coração partido eu...
tomo cuidado
Pra que os desequilibrados
Não abalem minha fé
Pra eu enfrentar
Com otimismo essa loucura...

Os homens podem falar
Mas os anjos podem voar
Quem é de verdade
Sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever
Que a consciência te impõe
Não deixe pra depois
Valorize a vida...
Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura...
Fragmentos da realidade
Estilo mundo cão
Tem gente que desanda
Por falta de opção
E toda fé que eu tenho
Eu tô ligado
Que ainda é pouco
Os bandidos de verdade
Tão em Brasília tudo solto
Eu faço da dificuldade
A minha motivação
A volta por cima
Vem na continuação
O que se leva dessa vida
É o que se vive
É o que se faz
Saber muito é muito pouco
"Stay Will" esteja em paz..
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Viver, viver e ser livre
Saber dar valor
Para as coisas mais simples
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Postado por Aléxiia


''Vamos ao balanço.


Eu não sou feia, não me acho não. Defeitos existem, salão corrige tudo. Eu sou legal? É o que as pessoas dizem. Eu acredito nelas. Eu saio por ai ? Não. Eu arrumo amigos a cada segundo ?Não. Eu vou no quebra gelo por isso ? NÃO mesmo. Eu desencalho fácil? Não. Existe quem me queira ?Sim. Eu quero eles ? Não tanto. Eu to louca? Pode ser.
Toda essa palhaçada tem haver com homens ?E mulher liga para mais alguma coisa que não seja homens? E no fim você é pré-histórica.Que vergonha.


Estou mil vezes me sentido em filmes. Sabe aquela mulher da meia idade quem conseguiu o sucesso profissional passando por cima do emocional imaginário?Eu daqui a 15 anos.Só que até o início dessa jornada está difícil para minha pessoa no momento. Eu não tenho nada para me segurar, nem lembranças como Miss Rose tinha.Eu tenho a história dos outros, tenho a ficção e é só.


Ai que coisa escrota de se dizer.Eu escrevo, eu não concordo. Psicólogo, por favor.Ela tem distúrbio de personalidade.''

quinta-feira, 28 de julho de 2011

É o meu espaço

Aquele chão de terra, a parte não iluminada da rua que caminho, incansável, é onde posso ver as estrelas, nomear as árvores, criar histórias, chorar minhas mágoas. Posso calar o mundo. Posso tudo, pois é meu.  São minhas pegadas, é o som do meu vento, é a penumbra do meu coração onde só o céu clareia.  Chego, pois, na luz pelos mesmos anseios e sinto um aroma agradável. Por que a comida do vizinho sempre tem um cheiro tão bom? Boto os pés em casa. Mas não é meu lar. Meu lar é aquele pedaço de chão onde eu posso ser o que quiser, posso viver o que quiser, posso até ser o que sou. Mesmo que eu nem saiba disso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

. . .

Sabe aquele sorriso que surge no canto dos lábios?
Sem motivo, razão ou circunstância?
Absolutamente antitético a tudo que sente
E ao mesmo tempo perfeitamente colocado?

Everything is full of you

Tudo o que digo
Toda lembrança
Todo desejo
Toda esperança
Cada passo e cada maneira
Cada pensamento
Cada verso, cada besteira
Tudo é cheio de você
Tu requisitaste tudo que sou
E eu de bom grado ofereci
Agora peço que me devolva
Minha vida

terça-feira, 26 de julho de 2011

Adriana Calcanhoto - Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Prá mudar a minha vida
Vem, vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva...
Ainda tem o seu perfume
Pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara?
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

V.O.C.Ê.

Eu poderia dizer que você nunca vai encontrar ninguém como eu, não que eu seja perfeita, mas porque eu sou perfeita pra você. Assim como você é perfeito pra mim. A grande questão é que gente grande toma suas próprias decisões, faz o que realmente quer não o que sugerem que façam. Até porque todos acham que tem certo dom de descobrir o que existe dentro dos corações dos outros, o que não é verdade. Não seguir o que as pessoas falam requer responsabilidade e nem todos estão preparados pra tê-la. Chega hora de resolver o caminho certo e não o mais fácil. Antes de se preocupar com os outros, é preciso que se importe consigo mesmo, com seu crescimento. A partir dele que é possível se preocupar verdadeiramente com alguém. Aquele que acompanha é quem deseja o melhor, e o melhor é a decisão de cada um; todos têm escolhas, e elas precisam ser feitas para que existam metas. A motivação é fundamental. Pra isso existe companheirismo.  Pra isso existe todo tipo de amor. Entretanto, ser menino é parte do que me cativou. Contraditório demais. 

How deep is your life?

Como pode mudar tanto em tão pouco tempo? Os esforços não são suficientes, sempre há decepção. Desigual situação. Idêntica postura. Que direito há em entrar, mudar, transtornar e sair sem explicação? Aliás, explicação patética e abafando ações de outros. A história se repete sucessivamente e corrói cada vez mais a esperança. E ainda assim, amam-se os defeitos. Essa é a pior parte: Atrair-se pelo todo, não apenas por aquela impressão de harmonia que era transmitida no começo. Afinal ela sumiu, foi substituída pela certeza da bela e desordenada essência.

domingo, 24 de julho de 2011

Djavan ;)

Assim
Que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você?
Que solidão!
Esquecera de mim?
Enfim,
De tudo o que
Há na terra
Não há nada em lugar
Nenhum!
Que vá crescer
Sem você chegar
Longe de ti
Tudo parou
Ninguém sabe
O que eu sofri...
Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor...
Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor...
Só sei viver
Se for por você!

sábado, 23 de julho de 2011

Já se foi..

O tempo passa na penumbra do compasso ritmado de um trem. Uma hora passa em poucos segundos. Quem o controla? Todos os relógios mentem por ordem de alguém pra castigar essa geração que tem tanta pressa. O futuro, se existe, molda-se na mudança do presente. É a grande mentira por causa do reincidente esforço de prolongar a vida.

Palavras ao vento!

Às vezes acho que possuo todas as inseguranças humanas, pois só assim eu poderia me reconhecer em tanta coisa. Continuo vivendo essa meia vida. Contradigo o que acredito porque não consigo viver. Como deixar de lado essa hipocrisia? A pior parte de viver pela metade é saber o que eu perco não vivendo, sempre idealizando o que poderia acontecer se pensassem como eu. E se no fundo eu me engano? E se eu não sofro por isso? E se na verdade a minha forma de associar os sentimentos distorce a verdade? Seria superestimar o que sou. Só porque quero ser não significa que eu seja. É busca diária. Posso não saber o motivo, posso não ter certeza dos princípios, posso até não compreender minhas atitudes, mas não posso negar o que sinto. O que sinto é vida, é a fagulha de verdade, é minh’alma, é minha fé.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Djavan

Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor
Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor

Representação das minhas idéias

Dizer, expressar, debater, confundir, desabafar... De que me servem as palavras?
Quanto mais caminho mais as reconheço nas falas de outros. Será que eu sou tão previsível? Devo ser.
A fúria que emana do que digo nunca se comparará às poesias imortais de gênios da literatura brasileira, ou não, que exaustivamente devoro em poucas horas. Daí surge o primeiro enigma: a fim de que crio? A forma como eu percebo o mundo é tão minha, que essas palavras possuem esse teor excepcional, que dificilmente é compreendido como eu quis que o fizessem. Por isso não posso querer mudar a opinião de alguém. De fato, aceitar a interpretação alheia é a única forma de solucionar as dúvidas que vem, ou que se subentendem dos diálogos referentes a isso.  Minha arte, sendo-a ou não, resumi-se exatamente no que o mundo pode ver e sentir através do que é lido. Enfim não há sentido claro no motivo pra se ponderar por horas ou simplesmente sair dizendo, para que surja um texto como esse. Simplesmente existirá. Fora feito.

HP ♥

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Maria Gadú - Encontro

Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você

Cultura



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aquilo que não posso dizer..


... que ninguém deveria escutar.
Ah, se pudesse!
Ouvir tua música, sentir teu cheiro, aquecer e unir nosso eu. Admirar seus olhos que brincam com o sorriso maroto que faz. Debater seus tabus, instigar sua sede de conhecer o mundo, de entender a sabedoria divina, do homem, do que é amado. Criar contigo rumos, trilhando novos sonhos, construindo o futuro. Crer que a realidade é melhor que a fantasia. Ter-te só pra mim por sua vontade, ser sua porque queremos assim. Sermos amigos, amantes, irmãos. Sermos o que o outro precisa. Ah se eu pudesse crer no seu amor, se pudesse ser escolhida, se ao menos eu pudesse te esquecer, já que te amo burra, cega, da forma mais óbvia.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Clarice L ♥

O medo me leva ao perigo e tudo que eu amo é arriscado

Farei o possível



Pra não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz.


C. Lispector

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nostalgia

O ocupar-se está se perdendo no vácuo ato de continuar pensando e errando por não haver concentração.  O ser encantado se revela no amor que deixa de idealizar e mostra o fim. Mas continua querendo sempre mais, com o puro repudio de si mesma. Lembranças que invadem momentos tão bons, e não cabe tanta raiva, tanta tristeza, prevalecendo tanto amor em um só ser. Falta uma parte de mim. Sofre a alma carregando sua cruz e encarando a desilusão de sempre tentar crer. Só me resta a incompreensão dos rastros de sua loucura que me cura quando envoltos estamos no mesmo abraço.  Já tomei o entendimento. Apenas tu não percebes o quanto faz bem às vezes cair no precipício apesar do medo.  O tanto que nos ajustamos não exclui a satisfação que há no coração que bate, porque bate, mas há aversão ao ciúme dos teus atos por tua falta de direito de expressá-lo e de senti-lo pelo que se findou antes de existir.  Forço-me a esquecer, a não deixar essa saudade urgente levar-me a confundir a compreensão da escolha feita.

Djavan

Drão
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura
Drão
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre nasce trigo
Vive morre pão
Drão, Drão

(House)

House:  Now we're getting somewhere.
Foreman : Where?
House: I have no idea.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

House ♥

"You know how they say: "you can't live without love"? Well, oxygen is even more important."




"If you can fake sincerity you can fake pretty much anything."


"My life is just one horror after another"



sábado, 9 de julho de 2011

Casto Comportamento?


A beleza dos olhos que choram reflete o sorriso de quem dissimula paixão. Coincidências cruéis. Como depreciar o desabonador pensar que volta e volta e que ressona desertos e dilúvios? O loquaz homem abnega-se pelo medo? Só restam mais e mais incertezas, marcadas pela indubitável crença de que a inexorável vontade não deixa a alma realizar-se plenamente alcançando seus objetivos de superação já que o corpo mais uma vez não foi capaz de saciar os desejos. Tarda, pois em ser, fazendo ler, a fim de que se esqueça o quão ínfimo é não sendo ou fugindo de ser.  Guardar o que aflige o âmago só faz perder mais ainda a razão. Tudo se traduz em límpida covardia. Cândido modo de pensar!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mother Teresa

"Para manter uma lamparina acesa, precisamos continuar colocando óleo nela."

O tudo é uma coisa só - O Teatro Mágico

"Porque eu tinha irmão, tinha irmã, tinha eh...eh...primas,
primos, prima... tudo junto...né?
Tudo assim que nem nóis tá aqui agora..."
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Boneca, panela, chinelo, carro
O nó que eu desamarro surge pra me dar um nó
Você aparece de repente e coloca em minha frente a dúvida maior
Se tudo que eu preciso se parece,
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Balaio... de domingo eu não saio
De bambu e corda... só se for pra rezar
Luz... no cabelo e nos olhos
No sorriso do justo feito pra iluminar
Nas nossas costas de súbito
Pesadas pra se carregar
Porta... abre e fecha o caminho
O balaio eu carrego sozinho
E ilumino esta cruz com meu jeito de andar... porque...
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
"A gente fica meio... meio desencontrado do que a gente é... né?
... se abusá não dá nem tempo de aprendê as coisa..."
Mãe, primo, pai, avô, padrinho
Zelador, juiz, vizinho
Tio, cunhado, irmão, avó
Família é um assunto complicado
Quem não gosto mora ao lado e o mais velho mora só
Pois traga um colchão aqui pra sala
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Poeta, ouvidor, desenhista, músico, malabarista...
Comediante o que for
Todo mundo procura um lugar, pra poder compartilhar...
Da dor e da alegria
Sarau em Arcoverde só de sexta venho aqui reivindicar
Eu quero isso todo dia
Sarau na Arcoverde só de sexta venho aqui reivindicar
Eu quero isso todo dia
"Para os manos daqui... para os manos de lá!"
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Católico, evangélico, budista, macumbeiro, corintiano
Espírita ou ateu
Todo mundo busca a paz interna, tâmo aqui pra ser lanterna
Foi assim que Ele escreveu
Palavras e palavras e palavras
E ainda acham que o deus do outro não pode ser meu
Tem horas que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Quando juntarmos você comigo...
Cordão umbilical e umbigo
A gente vai ser só um
E até lá eu não vou caminhar mais sozinho
O distante será meu vizinho
E o tempo será
A hora que eu quiser! Oras!
Tem horas que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Paixão ilativa

Minha própria vontade cria ilusões que torturam pouco a pouco a sensibilidade de ser feliz. A espera mutila a já falecida esperança. O rubro pintado no corpo demonstra a rebeldia comum dos hormônios instáveis, furiosos, degradantes do ser. O sorriso nos lábios manipula a discreta ironia dos confrontos que a vida gera e revela o paradoxo proveniente da realidade sutil e desigual: Nunca é suficiente sempre.

sábado, 2 de julho de 2011

Keep my secrets

Avaliando o porquê do mundo é nítida a perfeição dos acasos. Julgamentos vis. No piscar onde se perde uma vida e acha outras, crê-se no que lhe foi dito por que foi e que assim seja. A preguiça de pensar do ato supérfluo de ser melhor torna fútil e destrói o propósito. É vista a ação mórbida, o apelo sórdido, o fim. Quebrou-se mais um ato e já vem a próxima cena.  Os segredos permanecem pela não procura de saber. Esses que são o agir rotineiro do prosseguir caminhando. Escondem-se dos que anseiam mesquinharia, da falta de credibilidade e da capacidade humana. Pois que seja assim. De que vale o conhecimento sem preparo? Constitui uma queda. Por que as palavras negam o querer? Porque a mudez, diante da escolha resolvida? Os desejos parecem tão volúveis que em poucas horas são desfeitos. O sopro da ironia do destino apaga a chama dos corações. E o meu segredo cresce em importância e diminui em mágoas que choradas levam-no a um diverso lugar. E deixa de ser o que é para tornar-se vida tênue, aliviada, verdade explícita, sem reservas; fazendo o corpo sofrer a somatização da predileção.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A vertigem do inconsequente ato de não saber

As marcas na pele indicam a sutil lembrança, 
Os estigmas da alma impedem o mais puro gozo de sonhar
E as ações traduzem o medo de redescobrir
A existência do outro e do eu
Pela vontade de reciprocidade em chegar à plenitude de amar
O acaso traria justo o que mais se quis?
A coincidência pode ser confiável? 
Permanece somente a ânsia de não ser o bastante