O cansaço e a falta de tempo me impediram de estar presente nessas últimas semanas. Mas, passei rapidinho, para expor uma poesia de Pedro Bandeira, modificada por meu amigo Pedrinho. Nosso professor de Literatura mandou-nos recitar um poema, e ele, para surpresa geral, se encarregou de resolver o que faríamos. Recitamos hoje, na aula da manhã, intercalando as estrofes. Eu comecei, obviamente ;)
A Marca de uma lágrima
E o meu amado!
O que diria se eu partisse?
O que diria se estes versos
Não ouvisse?
O que teria em suas mãos
Senão um corpo dessangrado
Cheio de carne, de suspiro,
De delírio apaixonado?
Faltaria, porém, o recheio das idéias,
A loucura e a razão,
Que transforma um encontro sem graça
Em tremenda paixão!
Mas não tema minha amada
Que esse amor desapareça,
Pois ele é amado ao mesmo tempo
Por um corpo e uma cabeça
O corpo ele pode beijar, cheirar,
Fazer do corpo mulher
Mas a cabeça o possui, manipula,
E faz dele o que quer!
Haja o que houver, do meu amor
Essa garota foi uma rainha
A marca desta lágrima testemunha
Que eu sempre a amei perdidamente
Em suas mãos depositei a minha vida
E me entreguei completamente
Assinei com minhas lágrimas
Cada verso que lhe dei,
como se fossem confetes
De um carnaval que eu não brinquei
Mas a cabeça apaixonada delirou
Foi farsante, vigarista, mascarada,
Foi amante, entregando-lhe outra amada,
Foi covarde que amando nunca amou!