"Ouve apenas superficialmente o que digo
e da falta de sentido nascerá um sentido
como de mim nasce inexplicavelmente vida alta e leve"
C. Lispector

sábado, 31 de julho de 2010

Ando, ando, ando..


E não chego a lugar algum. Onde estou? O que quero? Quero aquele. Aquele que me completa. Aquele que acalma, cuida e ama. Ama acima de tudo. Aquele que posso amar... E continuo andando. O silêncio, as trevas. Apenas a minha luz. Olho para os lados e nada vejo. Minha luz não é capaz de iluminar o ambiente. Chamo, clamo e silêncio. Ninguém responde - Há alguém por perto? Aonde minha vida foi parar? Amigos. Aonde foram eles? Eles existiam. Ou pensei que existissem. Era tudo ilusão? Não. Era momento. E passou. O caminho se transforma... Ventam, vultos...
-Vão embora!
Quem clama por companhia anseia solidão. De repente, corro! Não tem mais graça tentar ver. Liberdade... De que adianta lutar contra o óbvio? Mas, cansa. E nada alcanço. Seguir é o destino.

E uma crença, a minha verdade, dou forças a ela. Ela me ilumina. Por culpa minha o fogo quase se extinguiu. Sorte que Aquilo crido não desistiu de mim. E me fortalece. Agora, o caminho é visto. Mas não quero ver. Um único laço é mantido. Intacto. O resto vai embora, ou fica não importa mais...

O horizonte nada revela. Onde achar respostas? Elas fogem de mim. E o caminhar não termina nunca. Um dia vai. Uma respiração, um piscar... Mas, infelizmente, ainda ando num ritmo frenético e doentio. Espero um eclipse, um terremoto ou um furacão. O crepúsculo é admirado cada dia, as luas são contadas, cada passo, devidamente anotado. Um dia haverá companhia. Um dia, plenitude.


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