
Finjo que existo pra satisfazer minha vontade de ser. Essa pose intelectual cética de conhecedora dos mais obscuros segredos dos homens, dos mais absurdos enigmas, experiente nas mais cruéis e excepcionais aventuras; é a verdade, é a farsa. Do mundo nada conheço. Minha própria inexperiência me fascina. O mais profundo conhecer baseia-se nas viagens da mente que sonha na impossibilidade do nada. A menina envolta em finos trajes, ou muitas vezes sem os modos cuja mãe tanto lhe tentara ensinar, esconde suas fundamentais carências. A menina que brinca com as estrelas, fala com as plantas, idealiza os seres, tão dispersa e estabanada - tais característica a fonte de sua autenticidade -, é feita da ingenuidade que não compete a esse alguém que veem. A essa mulher que eventualmente é.
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